PROFESSORES ESPANCADOS EM MINAS
PROFESSORES ESPANCADOS
EM MINAS
Izidoro Lopes
O dia 16 de setembro será marcado na história de Belo Horizonte como o dia do reconhecimento da INSANIDADE MENTAL do senhor governador do Estado. O fato era amplamente comentado nos círculos oficiais, mas agora ganhou as ruas tornando-se o assunto do momento nas diferentes rodas.
Os atos insanos do sr. governador iniciaram-se ainda muito cedo, às 7 horas da manhã, quando por sua determinação direta foram fechadas as principais ruas da zona sul da capital gerando um CAOS jamais observado na cidade. Durante todo o dia pessoas foram impedidas de trabalhar, estudar, realizar consultas médicas gerando grande prejuízo a economia do Estado.
Ao mesmo tempo um grupo de aproximadamente 50 professores, vitimas prediletas do sr. governador, protestavam acorrentados no canteiro central próximo à Praça da Liberdade. Este ato foi o suficiente para a movimentação de uma tropa composta por 200 policiais iniciarem todo tipo de intimidação contra os mestres que ali exigiam o cumprimento da lei.
Ao longo do dia, dando provas do descaso total pelo CAOS que provocara, o governador exibia-se para as câmeras dando gargalhadas histéricas como é possível verificar em diferentes imagens.
O CAOS prolongava-se. Durante o período da tarde, quando os trabalhadores tentavam retornar ao lar, as insanas medidas do governador geravam desconforto adicional; os ônibus encontravam-se ainda mais atrasados, o metrô não comportava o excesso de passageiros, os táxis estavam impedidos de circular. A população sem entender perguntava: O que está acontecendo? A resposta era facilmente verificada em tom de bajulação nas ondas da Rádio Itatiaia:
“Hoje será a inauguração do relógio dos mil dias da Copa. Todos devem dirigir-se à Praça da Liberdade, pois lá o governador vai mostrar o seu relógio para o povo”. A população indignada tratou de afastar-se daquele local fato que aumentou o CAOS em Belo Horizonte.
Os professores mineiros, que tentam uma negociação para o cumprimento da Lei do Piso, também participaram do ato de indignação contra o CAOS. Aos poucos ocuparam uma faixa, previamente fechada por ordem do sr. governador, e iniciaram o protesto pacifico.
Anastasia não admitiu. Tomado pelo ódio determinou a sua tropa pretoriana a imediata expulsão dos professores da Praça da “Liberdade”. Eram mais de mil mestres. Bombas foram atiradas, pessoalmente contei três feridos. Enquanto isso gargalhadas histéricas eram ouvidas tendo como trilha sonora a lira, não aquela do Nero, mas a de Maurício Tizumba. A arte oficial contribuía para abafar o som dos bravos professores.
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