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sábado, 17 de setembro de 2011

Manifestação na Praça da Liberdade

Hoje os professores da rede pública mineira completam 101 dias de greve, que exige do governador do Estado de Minas Gerais, sr. Antônio Anastasia, o cumprimento da lei que estabelece o piso nacional de salário para os educadores.
Camiseta e sacola foram confeccionadas para serem vendidas e gerar algum alívio para quem está sem trabalho, sem salário, sem pagar as contas, sem alimento em casa.
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Durante a assembléia do dia 15/09, que atravessou a noite e decidiu pela continuidade da greve e manifestação durante a solenidade de inauguração do relógio que contará as horas para a Copa do Mundo de Futebol de 2014, alguns professores decidiram se manifestar contra a falta de espaço de negociação, acorrentando-se na frente do Palácio da Liberdade, antigo endereço do poder estadual desde a fundação da cidade até que se construísse o Centro Administrativo.
A praça estava sendo preparada para a solenidade de inauguração do “Relógio da Copa”, com a presença do governador e possivelmente, a Presidenta Dilma Rousseff, em visita a BH para fechar contratos e promover encontros de trabalho para obras viárias.
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Os professores levaram seu próprio relógio, que marcava os dias de tentativa de abrir espaços de negociação.
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Por volta de 10h da manhã chegam dois ônibus da Polícia Militar com a tropa de choque.
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Cinquenta policiais armados, protegidos por escudos e armaduras, portando pistolas 9mm, cassetetes de madeira e escopetas com balas de borracha, além de bombas de gás lacrimogêneo e de pimenta.
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Todo o aparato bélico da polícia contra cinquenta professores desarmados, cansados, acorrentados.
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À partir desse momento, toda a praça foi fechada num perímetro de 50 metros. O local onde ficaram os manifestantes foi sitiado, sem acesso a banheiro, água ou alimento.
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O pai de uma aluna leu uma carta em apoio à greve, relatando as dificuldades de toda a população para ter direito à uma educação universalizada, gratuita e de qualidade.
O texto do cartaz portado pela aluna é: “Ninguém é autodidata. Não existe futuro sem educação. EE Renato Azeredo”. Renato Azeredo é o pai do deputado federal Eduardo Azeredo, Eduardo é tucano, autor da lei do #AI5-Digital.
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Os professores, sem se intimidar em nenhum momento, mantiveram suas faixas ao alto, cantando as palavras de ordem.
“Ô Anastasia, que papelão. Tem dinheiro para a Copa mas não tem para a Educação!”
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Quem tinha números de telefone de políticos e lideranças dos movimentos sociais começou a ligar, pedindo apoio para os manifestantes diante da ameaça de agressão policial determinada pelo governo. Quem respondeu mais rápido foi o deputado estadual Rogério Correia, que, mesmo na comitiva da Presidenta Dilma, compareceu para dar apoio e buscar a negociação com o responsável pela segurança para evitar confronto.
Diante da visibilidade conquistada, negativa em excesso para o governo, a tropa de choque foi retirada aos poucos até que todos se foram, restando apenas duas viaturas na porta do Palácio… da Liberdade.
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As respostas do movimento social vieram: os metroviários, em campanha pelo metrô, chegaram com suas bandeiras e palavras de ordem.
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A polícia, entretanto, não permitiu a entrada dos companheiros e ainda expulsou da praça, o carro de som dos metroviários, gerando nova tensão.

Várias ligações foram feitas, uma delas da vereadora Neusinha Santos, prestando solidariedade total aos grevistas e questionando a gestão tucana no estado.
Este relato tem a intenção de incentivar a todos na retomada para o poder real, o da população trabalhadora organizada em busca da conquista de seus direitos.
Desde sempre o mundo capitalista só “concedeu” direitos aos trabalhadores diante da sua mobilização determinada e objetiva

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